Dismenorréia (também conhecida como Cólica Menstrual)* Definição
Dor pélvica é uma das queixas mais frequentes no consultório ginecológico. Comprometedora do bem-estar feminino e suas funções gerais, é um dos importante objetivos terapêuticos dos ginecologistas. É causada pela liberação de prostaglandinas que faz com que o útero se contraia para a liberação do endométrio (parte interna do útero) através do sangramento, durante a menstruação.
A necessidade de tratamento gira em torno de 32% e em 8% dos casos ocasino perdas no trabalho ou escola. Em geral, 50% das mulheres sentem cólica menstrual durante alguma fase da vida.
A dismonorréia pode ser classificada como primária ou secundária. Na primária, o início da dor geralmente ocorre a partir do segundo ano após a menarca (primeira menstruação), coincidindo com os ciclos ovulatórios. Acomente, principalmente, jovens
Os casos de dismenorréia secundária estão associados a problemas orgânicos desencadeantes, Podem iniciar em qualquer idade e podem também estar acompanhada por cilos anovulatórios.
* Etiologia
A causa da dismenorréia primária ainda é desconhecida. Sabe-se que com a queda da progesterona ao final dos cilos ovulatórios existe uma maior produção de prostaglandinas, as quais estão diretamente relacionadas com a causa da cólica.
Já a dismenorréia secundária pode ter como fator desencadeante a endometriose (mais comum), hímen imperfurado, estenose cervical, anormalidades anatômicas uterinas, pólipo endometrial, adenomiose entre outros.
* Diagnóstico
A paciente com dismenorréia refere dor tipo cólica em baixo ventre, com início anterior ou durante as primeiras horas do período menstrual. A intensidade é variável e pode ter irradiação para as costas ou membros inferiores. A duração da dor normalmente não se estende por todo período nem mesmo continua após o término do ciclo. O exame físico, laboratorial ou de imagem, geralmente é normal.
A base do tratamento da dismenorréia passa pelo diagnóstico diferencial entre dismenorréia primária e secundária ou outras patologias que levam a dor. Seu diagnóstico deve ser inicialmente clínico.
Nos casos de dismenorréia secundária, a dor tende a existir de 2 semanas antes até alguns dias após o sangramento menstrual. Seu diagnóstico está associado à alteração no exame físico, laboratorial ou imagem.
* Tratamento
É baseado fundamentalmente na sua etiologia.
Algumas medidas podem aliviar as cólicas menstruais como a prática de exercícios (diminui o fluxo menstrual e promove a liberação da endorfina), compressas de água quente na região abdominal e dieta rica em fibras
Nos casos de dismenorréia primária em que a paciente deseja contracepção, a primeira opção é a utilização de anticoncepcional hormonal oral, com eficácia de 90%. Tem ação local e sistêmicas sobre as prostaglandinas (responsáveis pela dor). A droga de segunda escolha são os anti inflamatórios. Lembrando que o uso dessas medicações devem ser analisadas e prescritas por um médico.
Caso o tratamento clínico não tenha sucesso, muitas vezes a abordagem cirúrgica pode ser necessária.