Com o desenvolvimento da medicina, as taxas de sobrevivência e a possibilidade de cura aumentaram bastante para certos tipos de tumores. Pensando nisso e visando o futuro, a preservação da fertilidade tanto para homens quanto mulheres é algo justificado, que deve ser avaliado e discutido com o médico antes do inicio da quimioterapia ou radioterapia, uma vez que esses podem causar danos permanentes na função ovariana e testicular.
Os tratamentos disponíveis para essa finalidade são:
1. Criopreservação de embriões
Uma das maneiras mais comuns e consolidadas para a preservação da fertilidade do casal. As taxas de sobrevivência do embrião após o descongelamento são elevadas, chegando a níveis superiores a 80%.
2. Criopreservação de óvulos
Essa técnica é a mais indicada para mulheres solteiras, uma vez que a fertilização com espermatozoides não precisa ser realizada.
3. Criopreservação de tecido ovariano
Indicado para pacientes que não tem tempo hábil para indução da ovulação e posterior congelamento de óvulos ou embriões, ou seja, para pacientes que precisam realizar o tratamento contra o câncer imediatamente. Também indicado para crianças que ainda não entraram na puberdade.
4. Criopreservação de sêmen
O sêmen deve ser coletado através de masturbação, de preferência em várias amostras. É uma técnica antiga, simples e com resultados confiáveis.
5. Criopreservação testicular
Este pode ser a única opção para crianças que ainda não entraram na puberdade e infelizmente ainda é uma técnica experimental.
6. Supressão ovariana
Essa técnica ainda é controversa. É uma tentativa de preservação para mulheres jovens que necessitam de tratamento quimioterápico imediato.
7. Transposição ovariana
Indicada para mulheres que irão receber tratamento radioterápico na região pélvica. Nesse caso, o tecido ovariano é retirado e transplantado para outra região afastada da radioterapia.
Os riscos de infertilidade devidos aos tratamentos oncológicos irão depender de fatores relacionados ao paciente, ao tipo de tumor e o tratamento a ser realizado. Não são todos os tratamentos que afetam a fertilidade, por isso, é importante perguntar ao seu oncologista sobre esses riscos e se há necessidade ou não de preservação da fertilidade.