PRESERVAÇÃO DA FERTILIDADE EM PACIENTES COM CÂNCER

18 de junho de 2017

Com o desenvolvimento da medicina, as taxas de sobrevivência e a possibilidade de cura aumentaram bastante para certos tipos de tumores. Pensando nisso e visando o futuro, a preservação da fertilidade tanto para homens quanto mulheres é algo justificado, que deve ser avaliado e discutido com o médico antes do inicio da quimioterapia ou radioterapia, uma vez que esses podem causar danos permanentes na função ovariana e testicular.

Os tratamentos disponíveis para essa finalidade são:

1. Criopreservação de embriões

Uma das maneiras mais comuns e consolidadas para a preservação da fertilidade do casal. As taxas de sobrevivência do embrião após o descongelamento são elevadas, chegando a níveis superiores a 80%.

2. Criopreservação de óvulos

Essa técnica é a mais indicada para mulheres solteiras, uma vez que a fertilização com espermatozoides não precisa ser realizada.

3. Criopreservação de tecido ovariano

Indicado para pacientes que não tem tempo hábil para indução da ovulação e posterior congelamento de óvulos ou embriões, ou seja, para pacientes que precisam realizar o tratamento contra o câncer imediatamente. Também indicado para crianças que ainda não entraram na puberdade.

4. Criopreservação de sêmen

O sêmen deve ser coletado através de masturbação, de preferência em várias amostras. É uma técnica antiga, simples e com resultados confiáveis.

5. Criopreservação testicular

Este pode ser a única opção para crianças que ainda não entraram na puberdade e infelizmente ainda é uma técnica experimental.

6. Supressão ovariana

Essa técnica ainda é controversa. É uma tentativa de preservação para mulheres jovens que necessitam de tratamento quimioterápico imediato.

7. Transposição ovariana

Indicada para mulheres que irão receber tratamento radioterápico na região pélvica. Nesse caso, o tecido ovariano é retirado e transplantado para outra região afastada da radioterapia.

Os riscos de infertilidade devidos aos tratamentos oncológicos irão depender de fatores relacionados ao paciente, ao tipo de tumor e o tratamento a ser realizado. Não são todos os tratamentos que afetam a fertilidade, por isso, é importante perguntar ao seu oncologista sobre esses riscos e se há necessidade ou não de preservação da fertilidade.

Postado em Blog por alffaweb